O Transtorno Explosivo Intermitente (TEI), classificado como um tipo de Transtorno do Controle dos Impulsos (TCIs), se caracteriza por episódios graves e isolados de agressividade de forma desproporcional ao evento que os desencadearam. Os episódios são precedidos, na maioria das vezes, por um fator estressante e, sucedidos por intenso arrependimento. O TEI, apesar de existir na literatura há pouco mais de 30 anos, ainda é uma desordem mental bastante desconhecida. Em relação à sociedade, esta condição é considerada por diversas vezes um ato temperamental de um indivíduo que reage grosseiramente aos fatos, sendo levada em conta apenas a partir do momento em que começa a prejudicar a rotina do mesmo ou de terceiros. Portanto, o que os leva a procurar ajuda são as sérias conseqüências do transtorno. Para psiquiatras e psicólogos, esta desordem pode passar despercebida, especialmente quando está correlacionada com outros transtornos ou mesmo quando os pacientes não consideram as explosões agressivas como doentias.
De acordo com os critérios da APA,(5) o TEI caracteriza-se por falha em controlar impulsos agressivos que culminam com explosões comportamentais recorrentes, desproporcionais aos fatores desencadeantes. Estes 138 não conseguem relatar o motivo do seu comportamento, “porque um lápis caía… por qualquer coisa… por nada.”
As psicoterapias orientadas ao insight têm mostrado menos respostas do que as terapias cognitivo-comportamentais (TCC), principalmente as que dão ênfase as técnicas para o controle da raiva, utilizando o relaxamento, o treinamento de habilidades sociais e o enfretamento de problemas.