A psicopatia é uma doença onde há comportamento antissocial e amoral, sem manifestação de sentimento de empatia. As pessoas que sofrem dessa patologia possuem dificuldades de se relacionar e o seu egocentrismo pode ser aparente, não aprendendo com experiências mesmo que essas gerem dano a si ou a outrem. Ambas as patologias possuem relação com o transtorno de conduta.
Segundo vários autores, são diversos os os fatores que podem ocasionar essa patologia, sendo genéticos, biológicos e fisiológicos ou os fatores ambientais, relacionais e sociais. O conceito de psicopatia surgiu dentro da medicina legal, quando médicos se depararam com o fato de que muitos criminosos agressivos e cruéis não apresentavam os sinais clássicos de insanidade. Descrições desses pacientes e tentativas de criar categorias nosográficas adequadas aos mesmos são consideradas pela literatura o momento inicial da chamada tradição clínica de estudo da psicopatia (Hare & Neumann, 2008). A tradição clínica apoiou-se basicamente em estudos de casos de criminosos e pacientes psiquiátricos, com o uso de entrevistas e observações como fontes principais de dados para a descrição do fenômeno e a hermenêutica clínica como método de análise dos dados. O papel da tradição clínica foi fundamental para o desenvolvimento das modernas concepções de psicopatia.
Existem três formas convencionadas de transtorno do caráter: a primeira delas é o traço anormal de caráter, ou traço disfuncional, nessa condição a pessoa é mentirosa, aproveitadora, não tem muita responsabilidade com a vida, engana, mas consegue manter uma atividade na vida, seja profissional, seja terminar um curso. O segundo nível de alteração de caráter é o transtorno da personalidade, ou defeito da personalidade, ou o que eu chamo de transtorno parcial da personalidade. Esse sujeito já é patológico, ele mente muito entra facilmente em atrito com os outros e não consegue ter uma vida social normal, ele consegue trabalhar por curtos períodos. Só vai terminar um curso se alguém o ajudar, não vai conseguir manter uma família ou uma roda de amigos. Os transtornos da personalidade incidem de 7 a 15% da população. O terceiro nível de alteração do caráter é a psicopatia, ou também chamado de transtorno global da personalidade. A diferença entre transtorno da personalidade e psicopatia é que o psicopata é cruel, portanto completamente insensível ao outro. O outro só existe pra ele, não como ser humano, mas como meio para ele conseguir os seu propósitos egoístas, dessa forma o psicopata não tem amigos, não ama, mas é extremamente sedutor, ele estuda a sua vítima e passa a fazer tudo por ela, ele busca saber do que ela gosta, do que ela precisa e prontamente aparece com o objeto ou a solução para a pessoa que ele escolheu como vítima, ele trata esta pessoa muito bem e a pessoa vítima do psicopata pensa que teve muita sorte em conhecer alguém que é tão gentil consigo.
O tratamento da psicopatia é feito por um psiquiatra, sendo normalmente recomendadas sessões de psicoterapia, que podem ser feitas com o psicólogo, e uso de medicamentos que possam melhorar o quadro clínico. A dificuldade no tratamento dos psicopatas é que os mesmos não se identificam com as características, muitas vezes julgando que seu comportamento é normal e não admitindo que possuem traços de psicopatia, o que faz com que não busquem ajuda psiquiátrica.