O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção).

Acredita-se que o que pode desencadear o TDAH é a combinação de alguns fatores ambientais, genéticos e biológicos. Como o transtorno aparece em diferentes regiões do mundo, acredita-se que o transtorno não é secundário a fatores culturais ou conflitos psicológicos.
Alguns genes parecem estar relacionados a uma predisposição para o TDAH, muito mais do que a criação dos pais, que parece não influenciar muito. Estudos também apontam que consumir álcool e nicotina durante a gravidez pode causar alterações no cérebro do bebê, que levam ao desenvolvimento do transtorno, assim como o sofrimento fetal na hora do parto, mas nada muito conclusivo.

Quais são os sintomas de TDAH?

O TDAH possui 18 sintomas divididos em 3 grupos:

  • 9 relacionados à desatenção
  • 6 à hiperatividade
  • 3 à impulsividade

Durante a infância, o TDAH se manifesta através de dificuldades na escola e no relacionamento com os colegas, pais e professores. Geralmente os meninos apresentam mais sintomas de hiperatividade e impulsividade, mas meninos e meninas com TDAH são desatentos.

Na adolescência, o transtorno pode ser caracterizado por dificuldades em lidar com regras e limites. Já na vida adulta, surgem problemas com desatenção, falta de memória e impulsividade. Muitos adultos com TDAH têm outros problemas associados, como abuso de drogas, álcool, ansiedade e depressão. É muito comum também que a predominância dos sintomas mude durante a vida, ou seja, uma criança muito hiperativa pode se tornar um adulto muito desatento.

O TDAH possui tratamento e ele é feito através de uma equipe multidisciplinar com psiquiatra, psicólogo, pedagogo e os responsáveis pela criança.
As intervenções psicoterápicas que mais apresentaram eficácia foram as cognitivo-comportamentais e muitas vezes é necessário também o tratamento psicofarmacológico, através de medicamentos receitados pelo psiquiatra.

Compartilhe

Veja também

Me Siga Nas Redes Sociais