“E se eu fizer?”

Essa é a pergunta clássica que aparece em nossa mente quando sofremos algum tipo de ansiedade: e se? O que acontece se eu tiver medo? E se eu machucar minha família? E se eu sair do controle??

A fobia de impulsão é o medo extremo de seguir um impulso, perder o controle e fazer mal aos outros ou a si mesmo. Algumas classificações diagnósticas tratam a fobia de impulsão como uma variante do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), pois se trata de um pensamento intrusivo que invade ou sequestra a mente do indivíduo, de maneira que este realiza algum tipo de comportamento ou pensamento (compulsão) para diminuir a ansiedade que esse pensamento provoca.

Como identificar a Fobia de Impulsão?

As principais características clínicas que definem esse transtorno são:

Invasão de pensamentos que giram ao redor de seguir um impulso e perder o controle.
O conteúdo desse pensamento tem a ver com a antecipação de uma “agressão”: a si mesmo ou aos outros.
Um medo intenso pelo simples fato de experimentar tais pensamentos.
Realizar comportamentos preventivos ou de evitação para evitar que esse tipo de pensamento se transforme em realidade.

Ela provoca uma significativa diminuição na qualidade de vida do paciente. Isso acontece como resultado do esforço da pessoa para controlar o medo e evitar as situações que provocam ansiedade. Assim, progressivamente e sem se dar conta, acaba renunciando a diferentes aspectos da sua vida pessoa, consumindo boa parte da sua energia tentando controlar o medo. Por se tratar de um transtorno egodistônico (existe uma dissonância entre o que a pessoa pensa e o que quer), a autoexigência por controlar os pensamentos é muito alta, ao mesmo tempo em que a pessoa tem a sensação de que está lutando contra si mesma.

Como é o tratamento para a fobia de impulsão?

Capacitando que o paciente (utilizando uma série de técnicas psicoterapêuticas) conquiste mudanças nos seguintes pontos:

Entender como foi a aquisição do problema e qual é seu funcionamento atual.
Analisar e identificar as soluções criadas para resolver o transtorno e em que ponto elas falharam.
Potencializar as soluções tentadas que funcionaram.
Fazer com que o paciente seja capaz de compreender como sua mente e seu transtorno funcionam e, assim, assumir o controle do que acontece consigo mesmo.
Desvincular a pessoa dos pensamentos: pensar alguma coisa não significa fazer, nem ser capaz de fazer, nem aumenta as chances de que ocorra.
Recuperar aspectos da vida que a pessoa valoriza, mas das quais se descuidou.
Prevenir a recaída e consolidar as ferramentas psicológicas adquiridas.

No nível cognitivo, o primeiro passo, como já mencionamos, é estar ciente de que é o nosso próprio pensamento que nos assusta. O segundo passo, no nível cognitivo, é deixar de dar importância a esses pensamentos. No nível do comportamento, a pessoa com fobia deve se expor a seus próprios medos. Depois de um tempo de exposição, a pessoa aprende que seus pensamentos assustadores não eram realistas e que o que eles temiam poderia acontecer, isso nunca acontece.

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