O medo é um sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real ou imaginário, de uma ameaça. Ele é algo natural e protetor e faz com que nos previnamos de situações arriscadas. Sem o medo, atravessaríamos sem olhar para os lados, andaríamos em ruas escuras sozinhos, passearíamos no parapeito dos prédios, não cuidaríamos da saúde. É claro que não é possível controlar tudo ou viver em um ambiente totalmente seguro. O que importa é identificar o tipo de medo e conseguir transformar o estado de medo em prudência e cautela.

Trata-se de um sentimento saudável, de defesa e de autopreservação quando nos encontramos diante de uma situação que possa apresentar algum perigo real. Quando este medo torna-se exagerado, mórbido e irracional, ele passa a ser denominado de fobia. O termo fobia se refere ao medo excessivo de objeto, circunstância ou situação específicos.

  • O medo racional é pautado em algo possível e o irracional, em algo que não tem sentido, mas mesmo assim se faz presente
  • O medo emocional é caracterizado por temores que podem causar prejuízos emocionais, como medo de fracassar ou de ser rejeitado
  • O medo instintivo faz parte da nossa “programação”. Temos uma série de medos primitivos, como medo de ser comido por um bicho, medo do escuro, medo das tempestades, dos movimentos da natureza
  • Com o desenvolvimento do homem, sua capacidade de pensar e refletir, ele passa a ter medos que nem sempre estão ali presentes, como o medo do futuro e a ansiedade. Eles nem sempre são reais, podem ser de coisas imaginadas ou subjetivas

As fobias o fazem evitar conscientemente assuntos, atividades ou situações temidos, ao que denominamos de esquiva fóbica. Tanto a presença como a antecipação da situação fóbica, desencadeiam um grande sofrimento ao individuo afetado, que em geral reconhece o excesso da sua reação. Estas respostas podem tomar a forma de um ataque de pânico. As reações fóbicas perturbam a capacidade do individuo de desempenhar várias atividades de sua vida, ainda que algumas não interfiram no dia a dia. Os objetos e as situações temidas nas fobias especificas são classificadas nos seguintes tipos: animais; ambiente natural (tempestades, altura, água) ; sangue-injeção-ferimentos; medo de lesão, doença e morte; situacional (medo de andar em transportes coletivos, túneis, avião, elevadores, dirigir ou permanecer em locais fechados), e as mesmas são nomeadas de acordo com o medo específico ( por exemplo: medo de altura- acrofobia; medo de água-hidrofobia; medo de espaços fechados-claustrofobia).

O tratamento mais indicado na atualidade para as fobias específicas tem sido a Terapia Comportamental, cujo procedimento é colocar o paciente frente à situação ou ao objeto temido. Esta abordagem é fundamentada na proposição de que os comportamentos evitados mantêm a presença dos sintomas fóbicos.

Compartilhe

Veja também

Me Siga Nas Redes Sociais