Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)

TOC, ou transtorno obsessivo-compulsivo, é um distúrbio psiquiátrico de ansiedade. A principal característica do TOC é a presença de crises recorrentes de obsessões e compulsões. Obsessão de pensamentos, ideias e imagens que invadem a pessoa insistentemente, sem que ela queira.

Como um disco riscado que repete sempre o mesmo ponto da gravação, eles ficam fixos dentro da cabeça e o único jeito para livrar-se deles por algum tempo é realizar o ritual próprio da compulsão, seguindo regras e etapas rígidas e pré-estabelecidas, que ajudam a aliviar a ansiedade. Alguns portadores dessa desordem acham que, se não agirem assim, algo terrível pode acontecer-lhes. No entanto, a ocorrência dos pensamentos obsessivos tende a agravar-se à medida que são realizados os rituais e pode transformar-se num obstáculo não só para a rotina diária da pessoa como para a vida da família inteira.
Em geral, os rituais se desenvolvem nas áreas da limpeza, checagem ou conferência, contagem, organização, simetria, colecionismo, e podem variar ao longo da evolução da doença.

Existem 2 tipos de TOC

  • Transtorno obsessivo-compulsivo subclínico – as obsessões e rituais se repetem com frequência, mas não atrapalham a vida da pessoa.
  • Transtorno obsessivo-compulsivo propriamente dito: as obsessões persistem até o exercício da compulsão que alivia a ansiedade.

É TOC ou não?

Mas como diferenciar uma pessoa com TOC daquela que apenas gosta das coisas devidamente organizadas? “Se os rituais começam a tomar tempo, interferem na qualidade de vida, atrapalham a capacidade de estudar e trabalhar ou geram angústia e solidão, é preciso buscar ajuda”, responde a psiquiatra Albina Rodrigues Torres, da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista. A preocupação se inicia quando eles ocupam mais de uma hora por dia e fazem o indivíduo se atrasar ou até desistir de seus compromissos.

Tratamento

O tratamento de TOC pode ser medicamentoso e não medicamentoso. O medicamentoso utiliza antidepressivos inibidores da recaptação de serotonina. São os únicos que funcionam.
A terapia cognitivo-comportamental é uma abordagem não medicamentosa com comprovada eficácia sobre a doença. Seu princípio básico é expor a pessoa à situação que gera ansiedade, começando pelos sintomas mais brandos. Os resultados costumam ser melhores quando se associam os dois tipos de abordagem terapêutica.

É sempre importante esclarecer o paciente e sua família sobre as características da doença. Quanto mais a par estiverem do problema, melhor funcionará o tratamento.

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